De 11 de agosto a 10 de setembro, mais de 1 bilhão de pessoas que professam o islamismo estarão envolvidas em uma das principais festas religiosas praticada pelos muçulmanos: o jejum do Ramadã. Trata-se de uma festividade móvel, comemorada no nono mês do calendário muçulmano, o mês do ramadã. Durante esse período, todos os muçulmanos são convocados a jejuar, concentrar-se em sua fé e gastar menos tempo em suas preocupações cotidianas. É um período de adoração e contemplação.
Durante o Jejum do Ramadã, várias restrições são feitas nas vidas dos muçulmanos. Não é permitido comer ou beber durante as horas em que se tem luz do dia. Fumar e manter relações sexuais também estão proibidos durante o jejum. Ao término de cada dia, o jejum é finalizado com uma oração e uma refeição chamada iftar. Após o iftar, é habitual que os muçulmanos saiam com a família para visitar amigos e parentes. O jejum é retomado na manhã seguinte.
Para muitos, mais que um ritual
Há uma preocupação de não tornar essa prática apenas um ritual vazio, sem utilidade. Há um objetivo de transformação. Um hadith (frase do profeta Maomé) diz: "Daquele que não para de mentir e praticar falsidades, Alá não necessita que abra mão de comida e água". Há uma relação direta entre a prática do jejum e o fortalecimento espiritual, além de prover ao indivíduo a oportunidade de se ter uma relação mais próxima com o seu deus.
Outro aspecto interessante é a niyyah, que significa "intenção". Os muçulmanos não devem simples ou acidentalmente se abster da comida. Eles devem atingir a condição da niyyah. Para executar essa exigência, um muçulmano deve propor em seu coração que o jejum significa uma adoração somente a Alá. Dessa forma, se alguém jejua por razões políticas ou por regime alimentar, essa pessoa não realiza a niyyah. De acordo com as escrituras islâmicas, "quem não faz niyyah antes do amanhecer, não deveria ter jejuado".
Proteção e revelação de Jesus
Pode-se notar que por trás da prática do jejum durante o Ramadã há uma preocupação com o desenvolvimento espiritual, que leva o seu praticante para mais perto de Deus, se essa for sua intenção. Caso contrário, não passa de um ritual vazio e inútil.
Apesar de toda a boa intenção por trás do Jejum do Ramadã, a Portas Abertas noticiou em anos anteriores um aumento na violência contra os não muçulmanos nesse período. Em 2007, por exemplo, um grupo extremista atacou uma igreja no Paquistão para comemorar o fim do Ramadã (leia aqui).
É por isso que nós, cristãos, devemos intensificar nossas orações não só por proteção aos nossos irmãos que vivem em países de maioria muçulmana, mas também para que Jesus seja revelado aos que praticam o jejum do Ramadã, até por estarem mais atentos às questões espirituais.
Pedidos de oração
Fonte: Missão Portas Abertas
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